17 abril 2010

Areia

curvas de uma estrada curta,
que eu não sei por onde vai,
cada milha em teu caminho,
me deixa devaneio em pleno cais.

se a probabilidade do improvável não fosse fato,
não teria o tato com sensibilidade de fazê-lo,
pode não ser fácil, mas como copo,
quero ser usado e descartado.

nova experiência: riso e olhar,
olhar no teto, olhar no olhar,
olhar sorrateiro, fixo onde quer chegar,
olhar de fogo, do calor que quero proporcionar.

quem sabe, frio ou fogo,
um abraço ou um jogo,
que não seja apenas de olhar,
meu desejo está a te encarnar.

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