29 janeiro 2010

Hoje a noite, aqui na selva, quem dorme é o leão.

ligações noturnas não falam tão alto quanto aquelas de meio dia,
mas falam mais forte do que qualquer outra, à qualquer hora do dia.

no caminho do tempo onde os passos se perdem,
existe uma chance de recriar a trilha para um futuro,
não demora em tudo, amigos se fazem de um sentimento puro,
deixo de lado minha mocidade e creio no fato que o sentimento não acabou de verdade,
apenas toda aquela paixonite aguda,
fica então a verdade absoluta.

não sei se de presente deixaremos de viver,
mas como falei, prefiro deixar tudo que ganharei,
para ficar na perfeição do calor, num quase amor,
seja de amigo , com ou sem pudor,
porque o passado eu sei que é o nosso lar,
e eu sei que um dia você vai sorrir à me esperar.

16 janeiro 2010

back

voltando à minha terra,
volta o cheiro ao meu nariz,
volta o ar em minha mente,
volta o sangue em meu coração.

volta o brilho nos olhos,
volta a beleza da vida,
volta a complexa simplicidade das coisas.

volta o contraste verde-azul,planta e céu,
volta o sol, com um brilho mais claro.

e as nuvens de preocupação se vão no compasso da natureza.

brotam-se as flores da felicidade,
como as luzes em pequenas casas no caminho, na estrada,

e nos tons da vida simples,
cor e melodia se juntam em harmonia,
se forma a música do campo,se forma a beleza do meu canto.

nas alturas eu vou voltar,
na leveza da mente em tempo,
de nunca mais esquecer,
tudo que teríamos de viver.

09 janeiro 2010

para um amigo

me desculpe , meu amigo,
sem querer eu te deixei cair no chão.
mas se só cair fosse o problema, este não haveria.
houve a queda, houve a perda.

não sei se tua confiança em mim continua a mesma,
mas sei, que a minha em ti, por si, já se endureceu.
e não foi fácil aceitar, que o erro foi meu.

e de tudo você me deu,
e de nada eu te agradeci.
e você sempre estava ao lado meu,
e eu quase nunca, estava ao lado teu.

mas... eu creio que não te perdi.
afinal, o que restou foi a fé e o sentimento,
e a fé é o sentimento que perdura,
tal coisa, que fez nosso relacionamento durar.

por fim,quero te agradecer, finalmente,
por todas as coisas e luz em mente,
que me destes.

sinto sua falta,Verificar ortografia
sinto-me desprotegido.

desculpas .
ilumina-me , proteja-me,
meu amigo,
são bento.

07 janeiro 2010

pequena celulose

neste pequeno pedaço de papel,
eu queria escrever algo tão poderoso,
que unisse a terra, a água e o céu.

neste pequeno pedaço de papel,
eu queria escrever algo sinuoso,
que te remetesse ao canto de pássaros,
às rimas de uma canção,
ao calor de uma paixão.

neste pequeno pedaço de papel,
eu queria escrever algo discreto,
que de forma subjetiva,
te dissesse todo o sentimento,
que existe lá dentro deste coração[...]

neste pequeno pedaço de papel,
eu queria escrever algo que te levasse à lua,
que te pareça flores, que te faça sonhar.

e que também te faça acreditar,
que o dia está pra chegar,
no qual eu poderei te amar.

04 janeiro 2010

Ontem à noite II

todo dia ele chegava quase na mesma hora,
cabisbaixo, olhando para os cantos, pensando alto,
pegava suas chaves no bolso e abria a porta,
entrava, tirava o casaco e já ia para o quarto.

naquela cama,desejava que o próximo dia fosse único, perfeito,
aos poucos percebia que o ar ficara rarefeito,
desde o momento que a tristeza batera em seu peito,
não sabe mais o que fazer, nem o que pensar,
mas sentia que ali mesmo era o seu lugar.

em seus sonhos ia à lugares longe de vida,
e se perdia em longos prantos de alegria,
logo no meio da alegria e do amor,
abriu os olhos porque o dia já começou.

na sua vida nada acontece, nada o excita,
todo dia o mesmo sofrer, o mesmo penar,
quando viu, decepcionara todos do seu lar,
e aos poucos ia começando a esquecer,
de tudo aquilo que aconteceu,
ia se deixando levar pela solidão,
até que a dor consumiu se espírito, se apagou,
e por fim conheceu sua cova e seu caixão,
antes mesmo da sua e sua irmão.

mais uma vez se enganou mesmo depois de morrer,
pensando que ao seu enterro ninguém ia ver,
além de sua família e gente do sangue,
havia uma moça branca que chorava e murmurava seu nome,
era o seu único amor e sua causa de morte,
a mulher que um dia ele largou, pensando ser forte,
não sabia, mas achava que aquela era uma verdade,
acabou-se por aquilo se perdendo e morreu sem piedade.

enterrado o morto, já feio e meio roxo,
mas de mal gosto ele foi pro inferno,
pois ele só queria em terra, dizer para aquela moça,
que sentia muito e lhe dar um beijo na boca.

Ontem à noite I

eu não espero minhas desculpas aceitas,
nem quero que meu perdão seja refeito,
sabe-se lá o mal que fiz, e de tanto perfeccionismo,
venho te gritar o nome e o porque de ser infeliz.

pois na verdade, achei que pura e simplesmente,
poderia ser feito em si , sem dó, perfeito,
de algum jeito, largar, te deixar e pensar,
que na vida toda alguém viria à me amar.

pois na verdade, achei que pura e simplesmente,
eu era homem de verdade, mesmo com minha pouca idade,
e poderia sim, tornar meu rumo sem olhar para trás,
com o orgulho de quem nem se importa com...

quem vai te entender bem melhor,
e assim digo,vem-te à mim e seja bem maior,
que nem todo amor saberei te dar,
mas estarei de braços abertos para melhorar.

e de toda fé,
o ouro virou prata e o prato está vazio,
sem comida ,no frio,
como morto, fecho os olhos,
e espero como nunca não abri-los,
para perceber como o destino me deixou sem dó.

aqui deixo meu lamento,
e uma pequena queixa de quem nasceu sozinho :
há de se viver e morrer,
enquanto a solidão,
há de orar por você.

01 janeiro 2010

enfim...

um pouco de solidão,
mesmo com companhias.

um pouco de solidão,
mesmo com a companhia.

um pouco de solidão,
com cheiro de Cuba na mão.

feliz ano novo.