14 setembro 2010

Dois coelhos, uma cajadada.

Eu me pergunto :
Por que não consigo irrelevar?
Por que não consigo deixar de lado?
Por que é difícil viver sem dor?
Eu me respondo :
Talvez algo se explique por 'amor'.

A gente só pensa no tempo que vem, ou que virá e acaba esquecendo do tempo que passou, da semana que passou. Certo dia, eu tinha duas pessoas, uma longe, mas que estava perto, e outra mais longe ainda, mas que estava dentro de mim, me deu formação para ser o que eu sou. Hoje, perdi as duas.
 A sensação de perder alguém é sublime, é sobrenatural, é insensível. Daí, você se sente entorpecido e não consegue acreditar no que está sentindo. Você tenta voltar atrás, mas a mesma vontade de voltar, se funda na vontade de ficar, porque tu sabes que não adianta voltar, agora você perdeu-o e não há como voltar.
E tu sentes um certo vazio no peito.
E tu sentes que existe algo mais puxando seu ar.
Tu achas que tudo aquilo um dia vai passar e vocês vão voltar a se falar, abraçar , chorar e até brigar novamente. Mas no fundo da alma, tu sabes que ela já foi embora. E tu lutas contra aquilo, porque se sente culpado na inocência do perder. Algumas pessoas vão, outras ficam , mais ainda virão, mas por mais que cheguem outros sorrisos, olhares e abraços, só vais querer aqueles que tu não podes ter. Tu descansarás então num mar de lembranças de coisas que nunca viu, num rio de sentimentos que nunca sentiu, porém hoje sentas n'um gramado onde tudo é preto-e-branco, não existe arco-íris, não existe céu.

-

Eu só queria , para as duas pessoas, poder dar um abraço e dizer que sinto muito.
Pedir mais uma chance para fazer alguma pseudo-lembrança tornar-se verídica.
Sinto que já não posso escolher, decidir, deliberar nem julgar.
Sinto que já é tarde demais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário