19 outubro 2011

Sobre a fé ou o amor ou a paixão ou o desejo.

e s'eu dissesse que o mistério encanta?
e o meu canto não é nada demais,
se não fosse a verdade escondida,
por trás das mentiras que fiz para ter paz;

aceitar ou crer no que não se pode ver,
é pensar e ser imune à coisas vãs,
é teimar em não ver no teu rosto as maçãs,
quando teu sorriso se abre em luz da manhã;

me parece tentador,
agarrar o pé da minha fé,
para viver contigo, meu amor,
num infinito em outro esplendor,

quem sabe a carne me engana,
ou apenas os neurônios se inflamam,
quando olho nos teus olhos,
e teu nome me chama,

apesar dessa chama,
e sei que não é puro drama,
você é a dama,
que me faz ter fé.

e não seria justo, morrer acreditando,
que quando a gente soltar as mãos,
a eternidade não passaremos juntos,
e todo meu querer era apenas desse mundo.

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