29 agosto 2010

hoje a janela se fechou

certo dia, eu te fiz uma música,
nela contava de toda minha saudade,
de toda minha vontade,
de me aproximar de você.

certo dia, eu te vi por aí,
com suas amizades,
me senti distante,
mas não queria admitir.

certo dia , enfim,
eu te olho.

e vejo que tu crescestes,
que tu criastes um coração e sabes sentir,
sabe ter amigos, sabe ser sociável,
sabe até mentir.

deixou pra trás a capa protetora,
de espinhos.

deixou também,
todo aquele conceito que por ti eu tinha,
todo aquele anseio que se remetia,
quando sabia que tu vinha.

deixou-me pra trás decepcionado,
virou uma pessoa que sempre jurou não ser,
e meu coração se dilata por pena de você,
pena de ter jogado fora, o teu sorriso verdadeiro,
por fotos falsas, de sorrisos amarelos.

deixou pra trás, toda a história,
deixou pra trás, alguns amigos.

deixou e não volta mais,
quem aqui chegou foi a saudade,
junto dela, a indiferença,
nunca outrora pensada.

e nesse misto,
de um futuro passado,
de um presente futuro,
de um passado passado,
eu vou levando, ou melhor, deixando.

[ainda por impulso, querendo acreditar]
[por mais que seja mentira, mas querendo acreditar]

que você é a mesma,
que sua vida de aparência,
não te mudou,
que tuas palavras,
ainda valem a pena.

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