29 maio 2010

Descrença, desistência.

foi-se o tempo, em que a poeira se acumulava nos cantos,
foi-se o tempo, em que estrada parecia longa,
foi-se o tempo, em que tinha de algo por vir.

foi-se o tempo, mas aqui ficou você,
me ensinando a crer,
que o tempo pode passar mais lento,
e que a vida pode ser intensa,
basta você querer.

foi-se o tempo, e deixou-me algumas marcas,
me ensinando a crer,
que por mais fútil em vão que seja,
toda coisa tem sua importância,
basta você ver.

chegou-se o tempo,
que o mundo vai girar,
como ciranda de roda,
todo mundo vai dançar,
aos poucos vão cansando,
sentando, deitando,
por fim, dançando...

nessa valsa de pés descalços,
cada caco de vidro fez seu par,
e cada gota no chão tem um pai,
cujo pecado se tornou vespa,
veneno do seu próprio eu.

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